RELAÇÕES MUTUALÍSTICAS PARA A PRESERVAÇÃO DO GAVIÃO-REAL Harpia harpyja (LINNAEUS, 1758)
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https://doi.org/10.32435/es2025nassau01Palavras-chave:
Accipitriformes, Abelha nativa, ReproduçãoResumo
Na natureza, as interações mutualísticas são uma realidade documentada por alguns autores, ocorrendo direta ou indiretamente entre um grande número de espécies (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2009). A harpia, ave de rapina também conhecida como gavião-real ou harpia-Brasileira (Harpia harpyja), é a maior águia das Américas, encontrada nas florestas tropicais da América Central e do Sul e dependente desses ambientes para sua sobrevivência (FONSECA, 2023). No Brasil, a harpia é registrada principalmente na Amazônia e na Mata Atlântica, com raros registros em outras regiões, como o centro do Brasil. A caça e a fragmentação florestal ameaçam sua existência, levando essa espécie a ser classificada como ameaçada de extinção e classificada como Vulnerável em toda a sua área de distribuição (FONSECA, 2023). O sucesso reprodutivo dos Accipitriformes depende de vários fatores, especialmente aqueles encontrados em cativeiro. Alguns desses fatores são identificados como temperatura, alimento e material de nidificação, e provavelmente interações mutualísticas (GALETTI; CARVALHO, 2000; ALBUQUERQUE, 1995; BANHOS, 2009). Pesquisadores observaram um espécime adulto que havia viajado da Alemanha e se recuperado de dificuldades respiratórias na presença de abelhas nativas, o que despertou a questão das interações entre harpias e abelhas (LOBATO et al., 2007). O mutualismo observado foi entre harpias e abelhas nativas Paratrigona lineata (Lepeletier, 1836) (Apidae: Meliponinae). Interações como essa já foram relatadas em outras aves, o que é o foco desta revisão bibliográfica, baseada em pesquisas publicadas em revistas científicas. O conhecimento sobre os potenciais benefícios que as interações com abelhas sem ferrão podem trazer para as aves é praticamente inexistente, tornando urgente a análise dessas interações entre harpias e abelhas nativas. Os resultados contribuirão para o desenvolvimento de estratégias de manejo para a conservação das espécies.
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Referências
ALBUQUERQUE, J.L.B. Observations of rare raptors in Southern Atlantic Rainforest of Brazil. Journal of Field Ornithology, v. 66, n. 3, p. 363-369, 1995. Available from: https://digitalcommons.usf.edu/jfo/vol66/iss3/5/. Accessed on: 19 Sep. 2025.
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