FEBRE MACULOSA, UM CUIDADO QUE DEVEMOS REFORÇAR
DOI:
https://doi.org/10.32435/envsmoke.20214371-72Resumo
A febre maculosa é uma doença zoonótica, infecciosa, que evolui entre 2 e 14 dias, causada por uma Rickettsia, adquirida pela picada do carrapato infectado do gênero Amblyomma. Não há relatos de transmissão pessoa a pessoa. Estes carrapatos estão dispersos no território brasileiro, sendo conhecidos como carrapato estrela e carrapato de cavalo. Equídeos, capivaras, cães e gambás, são transportadores de carrapatos potencialmente infectados, constituindo-se como reservatórios ou amplificadores de Rickettsia. Os sinais mais comuns, em humanos infectados, são febre súbita, dores musculares, cefaleia, exantema que surge entre o 2º e o 5º dias de infecção e, hemorragia. Eventualmente, sinais como fotofobia, vômitos, ânsia, dores abdominais e ainda aqueles relacionados ao sistema nervoso e urinário, com acometimento renal, podem se manifestar. A suspeita torna-se maior quando o indivíduo, portador de alguns desses sinais, tem histórico de picadas de carrapato ou exposição a área com potencial infestação por carrapatos (passeios em matas, rios, cachoeiras, trilhas, contato com animais, piqueniques, pescarias, etc.). A prevenção é mais eficiente que o tratamento, haja vista a inexistência de vacinas contra rickettsioses. A antibioticoterapia pós-exposição não é capaz de evitar a doença. Usar roupas claras, repelentes à base de DEET, vestimentas que cubram todo o corpo e a averiguação da presença de carrapatos após atividade em áreas de risco, removendo-os caso sejam encontrados, constituem-se como medidas eficazes de prevenção. Cães e cavalos e o ambiente onde vivem, devem ser submetidos ao controle de carrapatos, segundo orientações do médico veterinário. A remoção de carrapatos da pele, deve se dar pela torção até o desprendimento, evitando o esmagamento, para não ocorrer liberação de rickettsias, as quais podem penetrar no corpo a partir de microlesões. Em caso de suspeitas da doença, recomenda-se procurar imediatamente o serviço médico, evitando a auto medicação.
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Copyright (c) 2021 José Andreey Almeida Teles, Maria Luísa Souto Porto
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