Special Issue, ID es2024xi.ibesymp.4 (01-31), 2024
Doi: https://doi.org/10.32435/xi.ibesymp.4
Environmental Smoke, e-ISSN:
2595-5527
“A leading multidisciplinary
peer-reviewed journal”
Conference paper from the XI
Iberian Symposium on the Hydrographic Minho River Basin
(“XI Simpósio Ibérico sobre a
Bacia Hidrográfica do Rio Minho”)
Full Article:
ALGAS
(RHODOPHYTA, CHLOROPHYTA E OCHROPHYTA) CATALOGADAS EM CONTEXTO DE MUSEU NO NORTE
DE PORTUGAL
ALGAE (RHODOPHYTA, CHLOROPHYTA AND OCHROPHYTA) CATALOGUED IN
A MUSEUM CONTEXT IN NORTHERN PORTUGAL
Márcia Venâncio1 (https://orcid.org/0000-0002-3005-9121);
Carlos Antunes1,2 (https://orcid.org/0000-0003-3736-5743) ; Dimítri
de Araújo Costa1*(https://orcid.org/0000-0002-5399-2483)
1CIIMAR – Centro Interdisciplinar de
Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto, 4450-208 Matosinhos,
Portugal.
2Aquamuseu do Rio Minho, 4920-290 Vila
Nova de Cerveira, Portugal.
*Corresponding author: dimitri.costa@ciimar.up.pt
Submitted
on: 19 Mar. 2024
Accepted
on: 21 Mar. 2024
Published
on: 08 May 2024
License:
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Resumo
Poucos estudos sobre a diversidade de espécies de
macroalgas têm sido realizados no Noroeste da Península Ibérica. Com o presente
estudo, pretendemos fornecer a caracterização descritiva taxonómica morfológica
das espécies de macroalgas recolhidas em zonas costeiras portuguesas (por
exemplo na praia de Moledo e Vila Praia de Âncora) e espanholas (O Muiño, A
Guarda, na desembocadura do rio Minho), e organizar estes organismos no futuro
“Natural History Museum of the Iberian Peninsula” / Museu de História Natural
da Península Ibérica-NatMIP. Para isso, recolhemos e identificamos macroalgas
de diferentes pontos desta região, que foram sistematicamente organizadas e colocadas
no NatMIP, que atualmente faz parte do Aquamuseu do Rio Minho, no município de
Vila Nova de Cerveira. Esta lista de espécies obtida inclui um total de 40
exemplares de 24 espécies válidas (das quais, apenas Chondrus crispus
var. filiformis não foi encontrado noutros estudos da costa portuguesa),
pertencentes a 11 ordens, 4 classes (Ulvophyceae, Phaeophyceae, Bangiophyceae e
Florideophyceae) e 3 filos (Chlorophyta, Ochrophyta e Rhodophyta). Assim,
desejamos contribuir para a literatura, pois os dados desta região são
limitados. Este estudo também é um recurso importante, pois mantivemos os
espécimes observados conservados na coleção do NatMIP e podem ser utilizados
para pesquisas futuras, incluindo estudos de monitorização ambiental.
Palavras-chave: Herbário de algas. Península Ibérica. Macroalgas. Coleção científica.
Taxonomia.
Abstract
Few studies on the diversity of macroalgae
species have been carried out in the northwest of the Iberian Peninsula. With
this study, we intend to provide a descriptive taxonomic morphological
characterization of the macroalgae species collected in Portuguese coastal
areas (e.g. Moledo beach and Vila Praia de Âncora) and Spanish coastal areas (O
Muiño, A Guarda, at the mouth of the Minho River), and to organize these
organisms in the future "Natural History Museum of the Iberian Peninsula-NatMIP".
To do this, we collected and identified macroalgae from different parts of the
region, which were systematically organized and placed in the NatMIP, which is
currently part of the Aquamuseu do Rio Minho, Vila Nova de Cerveira
municipality. This list of species obtained includes a total of 40 specimens of
24 valid species (of which only Chondrus
crispus var. filiformis has not been found in other
studies of the Portuguese coast), belonging to 11 orders, 4 classes
(Ulvophyceae, Phaeophyceae, Bangiophyceae and Florideophyceae) and 3 phyla
(Chlorophyta, Ochrophyta and Rhodophyta). Thus, we wish to contribute to the
literature, as data from this region is limited. This study is also an
important resource, as we have kept the observed specimens preserved in the
NatMIP collection and they can be used for future research, including
environmental monitoring studies.
Keywords: Algae herbarium. Iberian Peninsula.
Macroalgae.
Scientific collection. Taxonomy.
1 Introdução
O termo alga foi introduzido pela primeira vez por Linnaeus em 1753 (Linné 1908) e em 1789 A. L. de Jussieu (1789) classificou as plantas e delimitou a
classificação taxonómica das algas do resto dos taxa vegetais até seu status
atual (Jussieu 1789). Os organismos deste grupo são autotróficos, principalmente aquáticos e
alguns são terrestres. O corpo varia de estruturas unicelulares a
multicelulares sem vasculatura e pouca diferenciação em vários sistemas de
tecidos, portanto, são chamados de talófitos sem raízes, caule e folhas
verdadeiras. O ramo da botânica que trata do estudo das algas é conhecido como
Algologia/Ficologia (Gr. Phycos – algas e logos – estudo) (Sahoo & Seckbach 2015).
Existem várias classificações de algas propostas,
destacando-se F. E. Fritsch (1935), conhecido como o 'Pai da Ficologia', que
propôs a classificação de algas mais aceitável e abrangente. A sua
classificação é baseada em diferentes características como pigmentação,
natureza química do material alimentar de reserva, arranjo flagelar (tipo,
número e ponto de inserção), presença ou ausência de núcleo organizado na
célula e modo de reprodução. Ele classificou as algas em 11 classes como:
Chlorophyceae (algas verdes); Xanthophyceae (verde-amarelo); Chrysophyceae
(algas laranjas); Bacillariophyceae (Diatomáceas/algas amarelas ou
castanho-douradas); Cryptophyceae (quase castanhas); Dinophyceae (amarelo
escuro ou castanhas); Chloromonadineae (verde brilhante); Euglenophyceae;
Phaeophyceae (algas castanhas); Rhodophyceae (algas vermelhas); e Cyanophyceae
(algas verdes azuis) (Sahoo & Seckbach 2015). Destes grupos taxonómicos, três filos são as macroalgas mais
representativas nas áreas costeiras, ou seja, Chlorophyta, Ochrophyta e
Rhodophyta.
Macroalgas verdes (Filo Chlorophyta) são eucariotos
fotossintéticos caracterizados pela presença de cloroplasto com envelope de
membrana dupla clorofila a e b e xantofilas de algas verdes. As células que
constituem o talo são eucarióticas. Esses organismos são flagelados e são
conhecidos por serem caracterizados por uma ou duas camadas de escamas em forma
de placa nos flagelos e, em alguns casos, nas células. As algas verdes foram
incluídas em uma única classe Chlorophyceae por Fritsch (1935). Este é considerado
o grupo de algas mais diversificado, com mais de 7.500 espécies crescendo em
uma variedade de habitats (Chapman & Chapman 1973; Sahoo & Seckbach 2015).
As macroalgas castanhas (Filo Ochrophyta,
anteriormente Phaeophyta) representam um grupo diversificado de organismos
multicelulares que geralmente são encontrados em habitats marinhos, mas existem
poucas espécies de água doce. As algas castanhas consistem em aproximadamente
1.800 espécies (Sahoo & Seckbach 2015).
As formas mais simples são filamentosas, mas há
exemplos de todos os estágios de desenvolvimento e diferenciação. A cor
castanha deve-se à proteína fucoxantina que mascara as clorofilas a e c (Chapman & Chapman 1973; Sahoo & Seckbach 2015).
As macroalgas vermelhas (Filo Rhodophyta)
compreendem aproximadamente 6.500–10.000 espécies (Woelkerling 1990). A maioria das espécies de algas vermelhas são marinhas, sendo cerca de 3%
(150 espécies) de água doce. As características das algas vermelhas incluem
células eucarióticas, uma completa falta de estruturas flagelares, reservas
alimentares de amido, presença de ficoblinas, cloroplastos sem tilacóides
empilhados e nenhum retículo endoplasmático externo. A cor vermelha deste grupo
é produzida pelas ficoeritrinas e ficocianinas, que mascaram os carotenóides e
a clorofila a (Chapman & Chapman 1973). Entre as algas vermelhas marinhas, formas maiores e carnudas ocorrem em
áreas temperadas frias, enquanto as espécies encontradas nos mares tropicais
são principalmente pequenas e filamentosas. Os membros das Rhodophyceae têm a
capacidade de viver em maiores profundidades no oceano do que os membros de
outros grupos de algas. As algas vermelhas também apresentam alto grau de
epifitismo e parasitismo com considerável especificidade (Sahoo & Seckbach 2015).
No presente estudo apresentamos os primeiros
exemplares de algas (Chlorophyta, Ochrophyta e Rhodophyta) da colecção
biológica do Aquamuseu do Rio Minho, concelho de Vila Nova de Cerveira, Norte
de Portugal, como ponto de partida para o estabelecimento de um novo herbário
de algas europeu no futuro “History Museum of the Iberian Peninsula” / “Museu
de História Natural da Península Ibérica” (NatMIP).
Hoje em dia, os herbários e outras coleções
científicas são pouco apreciados. No entanto, oferecem diversos benefícios para
a ciência e a sociedade. Este tipo de museus fornece material para conhecimento
e formação taxonómica, dados e suporte para diversos artigos, material
biológico que pode ser utilizado para rastrear alterações na biodiversidade,
contribuir para a saúde e segurança públicas, fornecendo conhecimentos para o
estudo de agentes patogénicos, vetores de doenças e contaminantes ambientais. (Cilli et al. 2023; Suarez &
Tsutsui 2004) e sensibilizar a população para a preservação da fauna e da flora (Cilli et al. 2023; Costa et al. 2021).
Assim, além de fornecer material para estudos
científicos, pretendemos também ter material para abrir este museu (NatMIP) a
visitantes num futuro próximo, aproximando a sociedade da ciência.
2 Materiais
e Métodos
2.1. Área de estudo
Neste estudo, analisámos organismos recolhidos no
Noroeste da Península Ibérica. Os locais de amostragem foram: 1) Vila Nova de
Cerveira (41°56'19.021"N/8°45'1.325"W); 2) Camarido, Viana do
Castelo, Portugal (41°52'13.534"N/8°51'48.071"W); 3) Foz do rio
Minho, Portugal (41°30´11.376"N/8°31´21.828"W); 4) La Guardia,
Pontevedra, Espanha (41°52´17,33"N/8°52´16,75"W); 5) Praia de Moledo,
Caminha, Portugal (41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W); 6) Forte do Cão, Âncora
(41º47'49''N/8º52'25,4''W); 7) Praia Norte, Viana do Castelo (41°41'37,61"N
/ 8°51'4,44"W); e 8) Praia do Belinho, Esposende
(41º34'03,8''N/8º47'50,8''W) (Figura 1).
A amostragem foi realizada entre maio de 2019 e
fevereiro de 2023. Os organismos foram coletados principalmente manualmente,
mas também com um amostrador Van Veen ou captura acidental de pesca de enguia
de vidro (apenas um espécime coletado com este método).
2.2. Abordagem taxonómica/sistematização
A identificação e descrição dos organismos
recolhidos basearam-se na seguinte literatura: “Guia de Campo das Algas do
Intertidal da Praia da Vigia” (Almeida 2007); “Guia Ilustrado das Macroalgas da Baía de Buarcos, Figueira da Foz,
Portugal” (Pereira & Gaspar 2020); “Guide des Algues des Mers d’Europe” (Cabioc’h et al. 1992); e “Algas Marinas y Salobres de Galicia y Norte de España: Parte 1” (Bárbara 2012). Foi feito um esquema com as principais
características de identificação para sintetizar os meios pelos quais a
identificação foi realizada (Figura 2).
As imagens presentes neste artigo contêm
fotografias de todos os exemplares secos mantidos como material de coleta e
algumas fotografias de exemplares frescos capturados in loco (para as
espécies disponíveis na amostragem realizada em 21/02/2023). O material seco às
vezes difere do espécime fresco, fazendo com que pareçam ser espécies
diferentes.
Para organizar grupos taxonómicos (sistematização)
e verificar o status atual/nome de validade de todos os táxons de
classificação, foi utilizado o banco de dados AlgaeBase (//www.algaebase.org/).
Os nomes das espécies apresentados neste estudo seguem os padrões adotados pelo
Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas (ICN) (Turland et al. 2018).
2.3. Preservação de amostras
Os organismos foram organizados e depositados no
mais recente herbário de algas do Aqua-museu do Rio Minho, concelho de Vila
Nova de Cerveira, Norte de Portugal, de acordo com a seguinte metodologia,
modificada do Herbário da Universidade da Florida (FLAS): 1) Anotação da
informação da amostragem (local, data e coletores); 2) Prensagem da amostra
(utilizando objetos de peso), com papel absorvente envolvendo a amostra (para
absorver humidade); 3) Atribuição de um código de registo (é atribuído um
código de registo para um táxon recolhido num único local e de uma só vez); 4)
Identificação dos exemplares e armazenamento em papel kraft (Anon 2023c) (Figura 3).
O código de registro de cada organismo coletado foi
realizado de acordo com as seguintes instruções: “Sigla do Museu (NatMIP) +
Iniciais principais taxa (Filo ou SubFilo + Classe ou SubClasse + Ordem ou
SubOrdem (últimas: com a primeira letra maiúscula)) + Número de registo”
(procedimento interno das coleções do NatMIP). Nos rótulos, as amostras onde
está escrito “equipa Aquamuseum” como os coletores, referem-se aos membros da
equipa de trabalho da instituição Aquamuseu do Rio Minho (https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/).
2.4. Informação institucional/museológica
As siglas institucionais/museológicas utilizadas neste trabalho são as
seguintes: Linnean Society of London (LINN); Herbários da Universidade
de Oxford (OXF); Museu Botânico da Universidade de Lund (LD);
Herbário da Universidade de Tóquio (TI); Museu Nacional de História
Natural (PC); O Museu de História Natural (BM); Universidade
Norueguesa de Ciência e Tecnologia (TRH); Centro de Biodiversidade
Naturalis (L); e Royal Botanic Garden Edimburgo (E). Verificamos
essas siglas usando o “Index Herbarium List of NYBG – New York Botanical
Garden” (Anon 2023d).
3 RESULTADOS
Os exemplares coletados foram um total de 24 espécies
válidas, pertencentes a 11 ordens, 4 classes (Ulvophyceae, Phaeophyceae,
Bangiophyceae e Florideophyceae) e 3 filos (Chlorophyta, Ochrophyta e
Rhodophyta).
Filo Chlorophyta Pascher, 1914
Classe Ulvophyceae Mattox & Stewart, 1978
Ordem Bryopsidales Schaffner, 1922
Género Codium Stackhouse, 1797
Codium tomentosum Stackhouse, 1797 (Figura 4 (a-b))
Material-tipo: Neótipo: LINN (Silva 1955: 571) (Silva 1955).
Localidade-tipo: 'Nas costas de Devonshire e
Cornwall: abundante em Long Rock entre Marazion e Pensance. Exmo. Sr. Wenman',
Inglaterra (Silva, Basson & Moe 1996: 864).
Distribuição geográfica: Irlanda Ocidental, Ilhas Orkney, sul de
Inglaterra, Ilhas do Canal, Países Baixos do Sul a Marrocos, Ilhas dos Açores,
Argélia (Silva 1955).
Distribuição em Portugal: Comum ao longo de toda a
costa de Portugal continental e nos Açores (Anon 2023f; GBIF 2023; Tittley & Neto 1994) e nas ilhas da Madeira (Funchal, Porto Santo e Ilhas Selvagens) (Lawson J. H. 1969; Levring 1974).
Figura 4. Material examinado: (a) Espécime de Codium
tomentosum Stackhouse, 1797, recolhido na Praia de Moledo, Caminha,
(41º50'56''N/8º52'22,52''W) em 29 de junho de 2021 por Costa, D.A. e Gomes, N.,
com número de catálogo NatMIP-CUBr-0005; (b) Outro exemplar de C. tomentosum,
recolhido no Forte do Cão, Âncora (41º47'49''N/8º52'25.4''W), em 10 de Setembro
de 2021, por Costa, D.A. e Gomes, N., com o número de catálogo
NatMIP-CUBr-0013. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1TijrVV-2k3Wk72J24aqJGzRmZqsKfonW/preview
Material-tipo: Neótipo: LINN (Silva 1955: 571) (Silva 1955).
Localidade-tipo: 'Nas costas de Devonshire e
Cornwall: abundante em Long Rock entre Marazion e Pensance. Exmo. Sr. Wenman',
Inglaterra (Silva, Basson & Moe 1996: 864).
Distribuição geográfica: Irlanda Ocidental, Ilhas
Orkney, sul de Inglaterra, Ilhas do Canal, Países Baixos do Sul a Marrocos,
Ilhas dos Açores, Argélia (Silva 1955).
Distribuição em Portugal: Comum ao longo de toda a
costa de Portugal continental e nos Açores (Anon 2023f; GBIF 2023; Tittley & Neto 1994) e nas ilhas da Madeira (Funchal, Porto Santo e Ilhas Selvagens) (Lawson J. H. 1969; Levring 1974).
Material examinado:
1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha,
41º50'56''N/8º52'22,52''W; 29 de junho de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-CUBr-0005 (Figura 4 (a)).
1 exemplar; Forte do Cão, Âncora,
41º47'49''N/8º52'25,4''W; 10 de setembro de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-CUBr-0013 (Figura 4 (b)).
Características: Algas verdes com folhagem
cilíndrica e ramificada dicotomicamente. O talo é composto por uma a várias
frondes eretas, originando-se de um suporte esponjoso em forma de disco basal (Silva 1955). As frondes têm 20-40 cm de altura, são sólidas e esponjosas com toque de
feltro (Anon 2023f; Silva 1955). Presença de utrículos cilíndricos (Silva 1955).
Notas ecológicas: Espécie marinha; principalmente
sobre rochas (Anon 2023f).
Observações: Esta é a espécie-tipo (holótipo) do
género Codium (Anon 2023a). Esta espécie pode ser confundida com Codium fragile (Suringar)
Hariot, 1889, no entanto, C. tomentosum tende a ter uma fronde mais
delgada com pontas arredondadas enquanto C. frágil tem pontas
pontiagudas (Anon 2023f).
Ordem Ulvales Blackman & Tansley, 1902
Género Ulva Linnaeus, 1753
Ulva intestinalis Linnaeus 1753 (Figura 5 (a-c))
Sinónimo: Enteromorpha intestinalis
Linnaeus, 1753
Material tipo: Lectótipo: OXF (epítipo) (Yoshida
1998) (Dillenius 1742).
Localidade-tipo: Woolwich, Londres, Inglaterra
(Hayden et al. 2003: 289).
Distribuição geográfica: Bem dispersa por todo o
globo: todo o Atlântico, Mediterrâneo, Caraíbas, Pacífico, Oceano Índico,
Australásia (GBIF 2023).
Distribuição em Portugal: Comum ao longo de todo o
litoral de Portugal continental (Araújo et al. 2009) e nos Açores (Graciosa) (Azevedo Neto et al. 2020) e ilhas da Madeira (Ferreira et al. 2018; GBIF 2023;
Lawson J. H. 1969).
Material examinado:
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 21 de outubro de 2021; col. por Gomes, N.; número de catálogo
NatMIP-CUUl-0007 (Figura 5 (a)).
• Espécimes e fragmentos diversos; Praia de Moledo,
Caminha, Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023;
col. por Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-CUUl-0035 (Figura 5 (b)).
Características: Alga verde brilhante, contendo
folhas tubulares que crescem a partir de uma pequena base discoide. As frondes
não são ramificadas e são compostas por células dispostas irregularmente numa
única camada (Budd & Pizzola 2008).
Notas ecológicas: Espécie marinhas; ocorre numa
ampla variedade de habitats em todos os níveis da costa, em rochas, lama, areia
e em poças rochosas (Figura 5(c)). É também uma epífita comum em outras algas e
conchas (Anon 2023a; Tyler-Walters 2008).
Ulva rigida Agardh, 1823 (Figura 6)
Material-tipo: LD; erva. alg. Agardh, 14294
(Papenfuss 1960: 305);
Localidade tipo: Cádiz, Espanha; (Silva e al. 1996:
750).
Distribuição geográfica: Atlântico Oriental,
Caraíbas, Oceanos Índico e Pacífico e Mediterrâneo (Anon 2023i; Hughey et al. 2022).
Distribuição em Portugal: Comum ao longo de todo o
litoral de Portugal continental (Araújo et al. 2009; GBIF 2023) e nos Açores (Azevedo Neto et al. 2020; Neto
1994) e ilha da Madeira (Ferreira et al. 2018).
Material examinado: 1 exemplar; Praia de Moledo,
Caminha, Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023;
col. por Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-CUUl-0034 (Figura 6).
Características: Espesso e de cor escura, rígido,
curvo e ondulado (Hughey et al. 2022). Notas ecológicas: Espécie marinha; também encontrado em ambientes
estuarinos. Principalmente em habitats rochosos e é facilmente encontrada em
águas calmas em poças entremarés (Anon 2023b).
Filo Ochrophyta Cavalier-Smith, 1995
Classe Phaeophyceae Kjellman, 1891
Ordem Fucales Bory de Saint-Vincent, 1827
Género Bifurcaria Stackhouse, 1809
Bifurcaria bifurcata Ross, 1958 (Figura 7 (a-c))
Material-tipo: Espécie holótipo: Bifurcaria
tuberculata Stackhouse, 1809, nome atualmente aceite para a espécie-tipo Bifurcaria
bifurcata Ross (Anon 2023a).
Localidade-tipo: "Prope St Ives in Cornubia"
(St Ives, Cornwall, Inglaterra) (Stackhouse 1809).
Distribuição geográfica: Da costa atlântica da
Irlanda à de Marrocos (De Valera 1961).
Distribuição em Portugal: Característica do litoral
norte e centro de Portugal continental (Araújo et al. 2009; Pereira et al. 2006a).
Material examinado:
• 2 exemplares; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W, 21 de fevereiro de 2023; col. por Venâncio,
M.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0031 (Figura 7 (a)).
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41°50'33.468"N/8°52'27.840"W; 23 de janeiro de 2023; col. Por Costa,
D.A., Coutada, C.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0038 (Figura 7 (b)).
Características: Até 50 cm de comprimento. Ao
contrário dos outros fucóides, B. bifurcata não tem fixação em forma de
disco, mas é expandido e nodoso. Fronde cilíndrica, não ramificada perto da
base e depois ramificando-se dicotomicamente. Corpos reprodutivos alongados
presentes nas extremidades dos ramos. As pontas estéreis das folhas são arredondadas
e ligeiramente alargadas. Às vezes estão presentes bexigas de ar arredondadas
(se presentes, são pequenas) (Anon 2023h).
Notas ecológicas: Encontrado em poças rochosas na
costa média e baixa, particularmente em praias expostas (Figura 7(c)) (Anon 2023h).
Género Cystoseira
Agardh, 1820
Cystoseira tamariscifolia (Hudson) Papenfuss, 1950 (Figura 8)
Material-tipo: Lectótipo (designado por Molinari
& Guiry 2020, anteriormente identificado como Fucus tamariscifolius
Hudson, 1762): OXF; Herbário Sherard nº 1920 (Molinari & Guiry 2020: 6).
Localidade-tipo: Cornwall, Inglaterra (Hudson 1762:
469).
Distribuição geográfica: Atlântico Nordeste e
Sudeste e Mediterrâneo (Anon 2023h).
Figura 7. Material examinado: (a) Espécimes de Bifurcaria
bifurcata Ross, 1958, recolhidos na Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
(41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W), em 21 de Fevereiro de 2023, por Venâncio,
M., com o número de catálogo NatMIP-OPFu-0031; (b) Outro exemplar de B.
bifurcata, recolhido na Praia de Moledo, Caminha, Portugal
(41°50'33.468"N/8°52'27.840"W), em 23 de Janeiro de 2023, por Costa,
D.A. e Coutada, C., com o número de catálogo NatMIP-OPFu-0038; (c) B. bifurcata
numa poça rochosa com outras espécies. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1Q1MGQgbvLVEl2wWbAqG2fx9RwrW8YaYl/preview
Distribuição em Portugal: Abundante no centro e sul
e com algumas ocorrências no norte do litoral de Portugal continental (Minho,
Douro Litoral, Estremadura, Setúbal, Baixo Alentejo e Algarve) (Araújo et al. 2009; Garreta et al. 1994; GBIF 2023; Pereira et al. 2006a), Açores (Faial, Graciosa, São Miguel e Santa Maria) (Neto 1994; Tittley & Neto 1994) e Madeira (Funchal, Porto do Moniz, Porto da Cruz , Ponta de S. Lourenço e
Ponta Delgada) (Ferreira et al. 2018; Levring
1974).
Material examinado: 1; Forte do Cão, Âncora,
41º47'49''N/8º52'25,4''W; 10 de setembro de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0012 (Figura 8).
Características: Algas espessas, com até 60 cm de
comprimento, mas geralmente 30-45 cm. As folhas são cilíndricas e ramificam-se
irregularmente. Os corpos reprodutivos nas pontas dos ramos são longos, ovais e
espinhosos. Pequenas bexigas de ar são geralmente encontradas abaixo dos corpos
reprodutivos. É de cor verde azeitona, quase preta quando seca. Quando visto
debaixo d'água apresenta uma iridescência azul esverdeada (Anon 2023h).
Notas ecológicas: Espécies marinhas; encontrado em
poças rochosas e na margem inferior (Anon 2023f).
Género Fucus Linnaeus, 1753
Fucus ceranoides Linnaeus, 1753 (Figura 9 (a-d))
Material-tipo: LINN 1274.40, 1274.52 (Anon 2023e).
Localidade-tipo: "Habitat in Oceano"
(Oceano Atlântico) (Linnaeus 1753: 1158) (Anon 2023a).
Distribuição geográfica: Distribuída desde Portugal
até ao Norte da Noruega e Islândia, estando ausente no Báltico e na maior parte
do Mar do Norte (Neiva et al. 2010).
Distribuição em Portugal: Distribuída do centro
para norte do litoral continental português (Araújo et al. 2009; GBIF 2023) e Açores (Neto 1994).
Material examinado:
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 20 de outubro de 2021; col. pela equipa Aquamuseu; número de
catálogo NatMIP-OPFu-0016 (Figura 9 (a)).
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 19 de dezembro de 2021; col. por Gomes, N.; número de
catálogo NatMIP-OPFu-0020 (Figura 9 (b)).
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 18 de março de 2022; col. por Gomes, N.; número de catálogo
NatMIP-OPFu-0021 (Figura 9 (c)).
• Espécimes e fragmentos diversos; Rio Minho, Vila
Nova de Cerveira, 41°56'19.021"N/8°45'1.325"W; 30 de junho de 2022;
col. pela equipa Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-OPFu-0022 (Figura 9 (d)).
Características: Grandes algas castanhas da zona
entremarés, restritas ao crescimento em estuários ou perto de riachos de água
doce na costa. Frondes planas e ramificadas dicotomicamente. Esta espécie não
possui bexigas de ar, mas as laterais das folhas costumam ser infladas (Wulfen 1803). Os corpos reprodutivos são estreitos e pontiagudos nas extremidades dos
ramos (Anon 2023f, Anonh).
Notas ecológicas: Espécie endémica europeia de
clima frio que ocorre nas partes superiores dos estuários e habitats
semelhantes sujeitos à influência da água doce durante parte de cada ciclo de
maré (Neiva et al. 2010).
Fucus spiralis Linnaeus, 1753 (Figura 10 (ab))
Material-tipo: Lectótipo: LINN 1274.53 (Børgesen
1909: 119).
Localidade-tipo: "in Oceano" (Oceano
Atlântico) (Linnaeus 1753: 1159).
Distribuição geográfica: Comum nas costas ao redor
das Ilhas Britânicas, Islândia, costas ocidentais da Europa, Ilhas Canárias,
Açores e nordeste da América do Norte, de Nova Jersey à Nova Escócia. Existem
também relatos isolados no Pacífico Norte (Anon 2023f).
Distribuição em Portugal: Comum em todo o litoral
de Portugal continental (Minho, Douro Litoral e Beira Litoral) (Araújo et al. 2009; GBIF 2023) e nos Açores (Graciosa, Terceira, São Miguel e Santa Maria) (Azevedo Neto et al. 2020; GBIF
2023; Neto 1994).
Material examinado: 3; Praia de Moledo, Caminha,
Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023; col. por
Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0037 (Figura 10 (a)).
Características: Cresce até 40 cm de comprimento,
sem bolsas de ar e vive até 4 anos. A espécie pode tolerar um alto nível de
dessecação. Fronde com margem lisa e frequentemente retorcida. Corpos
reprodutivos redondos nas extremidades dos ramos, de contorno quase redondo e
rodeados por uma borda estreita de folhagem estéril (Anon 2023h).
Notas ecológicas: Espécies marinhas; Em substratos
rochosos em costas abrigadas a moderadamente expostas (Figura 10(b)); Vive na
costa superior abaixo da zona de Pelvetia canaliculata (Linnaeus)
Decaisne & Thuret, 1845 e acima de Fucus vesiculosus Linnaeus, 1753
e Ascophyllum nodosum (Linnaeus) Le Jolis, 1863 (Anon 2023h).
Género Pelvetia Decaisne & Thuret, 1845
Pelvetia canaliculata (Linnaeus) Decaisne & Thuret, 1845 (Figura 11 (a-d))
Material-tipo: Tipo não designado.
Localidade-tipo: "Habitat in Oceano
Europaeo" (Oceano Atlântico Europeu) RCN: 8274, 8315 (GBIF 2023).
Distribuição geográfica: Desde o Oceano Ártico e
Mar da Noruega até às costas atlânticas da Península Ibérica, incluindo o Mar
do Norte e o Canal da Mancha (Lalegerie & Stengel 2022).
Distribuição em Portugal: Distribuída do centro
para norte da costa continental portuguesa (Minho e Douro Litoral) (Araújo et al. 2009; GBIF 2023).
Material examinado:
• 6 exemplares; Camposancos, La Guardia,
Pontevedra, Espanha 41°52´17.33"N/8°52´16.75"W; 21 de janeiro de
2022; col. pela equipa Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-OPFu-0029 (Figura
11 (b)).
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023; col. por Venâncio,
M.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0032 (Figura 11 (c)).
Características: Espécie perene, caracterizada por
talos ramificados dicotomicamente com 10–15 cm de comprimento, formando canais
estreitos; Os talos são fixados ao substrato rochoso por um pequeno disco
basal, com 4–6 mm de largura e 3–5 mm de altura; Durante a estação reprodutiva
no verão, são visíveis os recetáculos amarelo-laranja de 1–2 cm de comprimento
na extremidade dos ramos (Lalegerie & Stengel 2022).
Notas ecológicas: Altamente tolerante à perda
extrema e prolongada de água, sobrevivendo vários dias consecutivos entre marés
vivas em estado emerso (Figura 11(d)) (Lalegerie & Stengel 2022).
Observações: Esta é a espécie-tipo (holótipo) do
género Pelvetia (Anon 2023a).
Sargassum muticum (Yendo) Fensholt, 1955
Material-tipo: Lectótipo: abril de 1902; TI;
(Yoshida 1978: 122, 123).
Localidade-tipo: Izumo, Prov. Kii, Honshu, Japão;
(Yoshida 1978: 122).
Distribuição geográfica: Nativa do Pacífico
Ocidental, abrangendo desde a China e Coreia do Sul até o Japão e sul da
Rússia. Foi introduzido no Pacífico Oriental (México ao Alasca) e no Atlântico
Oriental (Marrocos à Noruega) e espalhou-se amplamente, abrangendo desde águas
tropicais até águas frias (Benali et al. 2019).
Distribuição em Portugal: Maioritariamente no norte
e centro da costa portuguesa (GBIF 2023).
Material examinado: 1 espécime; Praia de Moledo,
Caminha, Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023;
col. por Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-OPFu-0033 (Figura 12 (a)).
Características: Grande alga castanha (com uma
folhagem geralmente com mais de 1m de comprimento). O caule tem ramos
alternados regularmente com lâminas achatadas e bexigas de gás esféricas. Não é
monóico nem dióico no sentido geralmente aceite destes termos. Ambos os tipos
de órgãos reprodutivos estão presentes no mesmo recetáculo, mas sempre em
conceptáculos separados (Fensholt 1955).
É uma espécie invasora do Pacífico, competindo com
espécies nativas como as ervas marinhas e considerada uma praga em portos,
praias e águas rasas (Anon 2023h).
Notas ecológicas: Espécie marinhas; Cresce em
substratos duros em águas baixas (Figura 12(b)) e também pode tolerar condições
estuarinas; É uma espécie invasora e pode superar a concorrência das espécies
locais porque tem um crescimento rápido em comparação com as espécies nativas (Engelen et al. 2011), pode reproduzir-se no primeiro ano de vida e sendo monóica pode
fertilizar-se (Anon 2023h).
Figura 11.
Material
examinado: (a) Espécime de Pelvetia canaliculata (Linnaeus) Decaisne
& Thuret, 1845, coletado em Camposancos, La Guardia, Pontevedra, Espanha
(41°52´17,33"N/8°52´16,75"W), em 21 de janeiro 2022, da equipa
Aquamuseu, com número de catálogo NatMIP-OPFu-0018; (b) Vários exemplares de P.
canaliculata, recolhidos em Camposancos, La Guardia, Pontevedra, Espanha
(41°52´17.33"N/8°52´16.75"W), em 21 de Janeiro de 2022, pela equipa
Aquamuseu, com o catálogo número NatMIP-OPFu-0029; (c) P. canaliculata,
recolhida na Praia de Moledo, Caminha, Portugal
(41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W), em 21 de Fevereiro de 2023, por Venâncio,
M., com o número de catálogo NatMIP-OPFu- 0032; (d) P. canaliculata na
rocha, após prolongada perda de água devido à maré baixa. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1uscSa4SSUKIA0Y8zjGdvC_QSfZHhJBwP/preview
Ordem Laminariales Migula, 1909
Género Laminaria Lamouroux, 1813
Laminaria digitata (Hudson) Lamouroux, 1813 (Figura 13)
Material-tipo: Tipo não designado.
Localidade-tipo: Inglaterra (Silva, Basson &
Moe 1996: 904).
Distribuição geográfica: Espécies temperadas frias
do Ártico do Atlântico Norte que não ocorrem no Pacífico Norte. Pode ser
encontrada ao longo de ambas as costas do Canal da Mancha; a ocorrência mais
meridional desta espécie em águas europeias ocorre na costa sul da Bretanha.
Cresce ao longo da maior parte das costas da Grã-Bretanha e da Irlanda e ao
longo das costas do Mar do Norte na Escandinávia. A sua distribuição a norte
inclui o Mar de Barents e a costa oeste de Novaya Zemlya, e foi relatado que ocorre
no arquipélago de Svalbard. Também cresce na Islândia, nas Ilhas Faroé, no sul
da Gronelândia e nas costas orientais da América do Norte, até ao sul de Cape
Cod (Anon 2023f).
Material examinado: 1 exemplar; Caminha, Portugal,
41°51'58,6"N 8°50'58,1"W; 21 de setembro de 2021; col. por Fernandes,
M.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0008 (Figura 13).
Características: Alga marinha grande e brilhante,
que pode crescer de 1 a 3 metros de tamanho e até 4 metros em condições ideais.
A lâmina é grande, não tem nervura central e tem o formato da palma de uma mão
com vários segmentos mais ou menos regulares, semelhantes a dedos. O estipe
liso e flexível tem seção transversal oval, pode ter de 3 a 4 centímetros de
diâmetro e geralmente está livre de epífitas, embora estipes antigos que se
tornaram ligeiramente ásperos possam sustentar algumas epífitas. Laminaria
digitata fixa-se a pedras de ancoragem e substratos rochosos por meio de
hápteros livremente ramificados, que se espalham para formar um suporte raso em
forma de cúpula em forma de garra. As saliências semelhantes a raízes que se
espalham são chamadas de rizóides (Anon 2023f).
Notas ecológicas: Espécie marinhas; Muito comum no
intertidal inferior e subtidal raso crescendo em rochas (Anon 2023j).
Laminaria ochroleuca Bachelot Pylaie, 1824 (Figura 14 (ab))
Material-tipo: Provavelmente no museu PC (Anon 2023a).
Localidade-tipo: Ilha de Sein, França Atlântica
(Athanasiadis 1996: 216).
Distribuição geográfica: Atlântico Nordeste e
Sudeste e Mediterrâneo (Rothman et al. 2017;
Tyler-Walters 2008).
Distribuição em Portugal: Bem distribuída em toda a
costa continental portuguesa (Araújo et al. 2009) e nos Açores (Azevedo Neto et al. 2020; GBIF
2023; Neto 1994).
Material examinado:
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha,
41º50'56''N/8º52'22,52''W; 29 de junho de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0003 (Figura 14 (a)).
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023; col. por Venâncio,
M.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0036 (Figura 14 (b)).
Características: algas digitadas
castanho-amareladas com até cerca de 1,5 m de comprimento. Possui uma área
amarela distinta na junção do estipe e da lâmina, que é uma característica
distintiva importante. Tem uma haste redonda e rígida, livre de epífitas. A
lâmina é larga e achatada, dividindo-se em numerosos dígitos semelhantes a
tiras (Anon 2023h).
Notas ecológicas: Em rochas desde o nível da maré
baixa de nascente até ao subtidal raso (Anon 2023h).
Ordem Tilopteridales Bessey, 1907
Género Saccorhiza Eimer & Fickert, 1899
Saccorhiza polyschides Batters 1902 (Figura 15 (a-d))
Material-tipo: No museu BM (Anon 2023a).
Localidade tipo: Localidades síntipo: Escócia;
Cornwall, Inglaterra (Silva & al. 1996: 907).
Distribuição geográfica: Amplamente distribuída na
Grã-Bretanha, Irlanda, França, Espanha e Portugal. Ao sul das Ilhas Canárias,
Marrocos, Gana e Mauritânia (Anon 2023j).
Distribuição em Portugal: Bem distribuída em toda a
costa continental portuguesa (Anon 2023k; Araújo et al. 2009).
Material examinado:
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41º50'56''N/8º52'22,52''W; 29 de junho de 2021; col. por
• 1 exemplar; Forte do Cão, Âncora,
41º47'49''N/8º52'25,4''W; 10 de setembro de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0006 (Figura 15(b)).
• 1 exemplar; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41º50'56''N/8º52'22,52''W; 29 de junho de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0009 (Figura 15(c)).
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 21 de setembro de 2021; col. por Antunes, C; Martins, E.;
Fernandes, M.; número de catálogo NatMIP-OPLa-0011 (Figura 15 (d)).
Características: Talo laminado, amarelado a
castanho escuro, geralmente com até 3 m de comprimento. Rizóide grande, oco e
coberto de verrugas lisas quando maduro, dando origem a um estipe achatado em
forma de remo com "asas" simétricas com babados com uma única torção
na base (Anon 2023k).
Notas ecológicas: Intertidal inferior e subtidal
raso (Anon 2023j).
Filo Rhodophyta Wettstein, 1901
Classe Bangiophyceae Wettstein, 1901
Ordem Bangiales Schmitz, 1892
Género Porphyra Agardh, 1824
Porphyra linearis Greville, 1830 (Figura 16)
Material-tipo: Lectótipo: E00052260, em E (GBIF 2023) (Brodie & Irvine 2003: 124).
Localidade-tipo: "Hab. Rochas abaixo de
Peakhead perto de Sidmouth" (South Devon, Inglaterra) (Greville 1830:
170).
Distribuição geográfica: Norte da Europa, noroeste
da América e América do Sul (Anon 2023a).
Distribuição em Portugal: Norte e Centro de
Portugal (Minho, Douro Litoral e Beira Litoral) (Araújo et al. 2009; GBIF 2023).
Material examinado: 5 exemplares; Camposancos, La
Guardia, Pontevedra, Espanha, 41°52´17,33"N/8°52´16,75"W; 21 de
janeiro de 2022; col. pela equipa Aquamuseu; número de catálogo
NatMIP-RBBa-0028 (Figura 16).
Características: Frondes delicadas, lineares,
membranosas, castanho-púrpura, 20-40 mm de comprimento e 5-10 mm de largura,
geralmente simples com estipe curto de suporte em forma de disco basal; manchas
laranja quando reprodutivas (Anon 2023a; Greville 1830).
Classe Florideophyceae Cronquist, 1960
Ordem Ceramiales Oltmanns, 1904
Género Ceramium Roth, 1797
Ceramium virgatum Roth, 1797 (Figura 17)
Material-tipo: Tipo não designado.
Localidade-tipo: Localidade neótipo: South Harbour,
Helgoland, Mar do Norte; (Maggs, Ward, McIvor, Evans, Rueness & Stanhope
2002: 413).
Distribuição em Portugal: Bem distribuída em toda a
costa continental portuguesa (Araújo et al. 2009; GBIF 2023) e nas ilhas dos Açores (Azevedo Neto et al. 2020) e da Madeira (John et al. 2004).
Material examinado: 1 exemplar; Ilha da Morraceira,
Vila Nova de Cerveira, 41°57'53.554"N/8°44'24.274"W; 16 de fevereiro
de 2022; col. pela equipa Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-RFCe-0026
(Figura 17).
Características: Pequena alga vermelha que cresce
até 30 cm de altura. Possui folhagem filamentosa ramificada de forma irregular
e dicotómica, com os ramos estreitando-se em direção às pontas em pinça. O
holdfast é um minúsculo disco cónico que se estende numa massa densa de
filamentos rizoides. A planta é de cor castanho-avermelhada a púrpura e
apresenta um aspeto listrado quando vista de perto (Anon 2023f).
Notas ecológicas: Espécies marinhas; coloniza
habitats rochosos e de algas desde a costa média em poços rochosos até a costa
aberta perto do nível de água baixo e no subtidal raso (Anon 2023h).
Observações: Esta é a espécie-tipo (lectótipo) do
género Ceramium (Anon 2023a; Hassoun et al. 2018).
Género Nitophyllum Greville, 1830
Nitophyllum punctatum (Stackhouse) Greville, 1830 (Figura 18)
Material-tipo: No museu BM.
Localidade-tipo: "Descoberto pela primeira vez
pelo Sr. Stackhouse, nas areias de Weymouth, muito perto do cais, na marca
d'água baixa." [Weymouth, Dorset, Inglaterra]; (murchando 1796: 405).
Distribuição geográfica: Atlântico Nordeste
(Noruega às Ilhas Canárias); Atlântico Noroeste (América do Norte); Caribe,
Mediterrâneo e Oceano Índico (Índia, Egito); subantártico (Anon 2023f).
Distribuição em Portugal: Distribuída em toda a
costa continental portuguesa (Araújo et al. 2009; GBIF 2023)(Araújo et al. 2009; GBIF 2023) e nos Açores (Faial, Terceira, São Miguel e Santa Maria) (Azevedo Neto et al. 2020; Neto
1994) e Ilhas da Madeira (Ponta de S. Lourenço e Porto do Moniz) (Ferreira et al. 2018; Levring
1974).
Características: Frondes delicadamente membranosas,
rosadas, com contorno alongado em forma de leque, margens nitidamente babadas.
Fronde muito fina (aderindo ao papel quando seca), sem nervuras, indivisa ou
profundamente dividida subdicotomicamente até a base (Greville 1830); ápices arredondados, geralmente em forma de fita. As plantas gametófitas
formam manchas arredondadas de até 5 mm de diâmetro, enquanto as plantas
tetrasporfitas formam manchas alongadas características (Anon 2023a; Greville 1830). O rizoide é um pequeno disco (Greville 1830).
Notas ecológicas: Espécie marinha; Anual; Em poças
intertidais no inverno e início da primavera e na zona subtidal (15 m) em
superfícies móveis e na rocha nas partes mais baixas das florestas de algas
desde a primavera até meados ou final do verão (Anon 2023a).
Observações: Esta é a espécie-tipo (lectótipo) do
género Nitophyllum (Anon 2023a).
Ordem Corallinales Silva & Johansen, 1986
Género Corallina Linnaeus, 1758
Corallina officinalis Linnaeus 1758 (Figura 19 (ab))
Material-tipo: Lectótipo: LINN; 1293,9 (Womersley
& Johansen 1996: 291) (Brodie et al. 2013).
Localidade-tipo: “Habitat in Oceano Europaeo”
[Mares Europeus]; (Linnaeus 1758: 805) (Linnaeus 1758).
Distribuição geográfica: Amplamente registado no
Atlântico Norte, desde o norte da Noruega até Marrocos, desde a Gronelândia até
à Argentina. Também relatado no Japão, China e Australásia (Anon 2023h).
Distribuição em Portugal: Bem distribuída em todo o
litoral português continental (Araújo et al. 2009; GBIF 2023;
Lugilde et al. 2016) e nos Açores (Corvo, Flores, Faial, Pico, Graciosa, Terceira, São Miguel e
Santa Maria) (Neto 1994) e Madeira (Funchal, Porto Santo, Deserta Grande e Ilhas Selvagens) (Ferreira et al. 2018; Levring
1974).
Material examinado:
• 4 exemplares; Praia de Moledo, Caminha, Portugal,
41°50'33.468"N/8°52'27.840"W; 29 de junho de 2021; col. por Costa,
D.A.; Gomes, N.; número de catálogo NatMIP-RFCo-0014 (Figura 15 (a)).
• 1 exemplar; Praia Norte, Viana do Castelo,
41°41'37,61"N / 8°51'4,44"W; 9 de abril de 2021; col. por Alves, R.;
número de catálogo NatMIP-RFCo-0023 (Figura 19 (a)).
Características: Frondes rosa-esbranquiçadas a
lilases, calcificadas, articuladas, 60-70 mm de altura, eixo cilíndrico a
comprimido, repetidamente pinadas e base discóide expandida. Os eixos
ramificam-se a cada 10 a 18 segmentos e com padrão de ramificação irregular (Hassoun et al. 2018). Forma de crescimento muito variável, muitas vezes atrofiada (Anon 2023a).
Notas ecológicas: Em rochas, poças de maré e canais
de drenagem, intertidais inferiores e subtidais rasas, generalizadas e
abundantes, especialmente em costas expostas (Figura 19(b)) (Anon 2023a).
Observações: Lectótipo selecionado por Schmitz
(1889: 455). Esta é a espécie-tipo (lectótipo) do género Corallina (Anon 2023a; Brodie et al.
2013).
Lithophyllum hibernicum Foslie, 1906 (Figura 20)
Material-tipo: Holótipo: TRH: A23-1399; Lectótipo:
TRH; A23-1399 (Hernan-dez-Kantun et al. 2015: 797, 799, fig 6A) (Hernandez-Kantun et al. 2015).
Localidade-tipo: Localidade do holótipo: Fahy Bay,
Ballynakill Harbour, Co. Galway, Irlanda; (Chamberlain & Irvine 1994: 74) (Anon 2023a).
Distribuição geográfica: Oceano Atlântico e Mar
Mediterrâneo (Anon 2023f; Gomes et al. 2022;
Hernandez-Kantun et al. 2015).
Distribuição em Portugal: Distribuída em toda a
costa continental portuguesa (GBIF 2023; Lugilde et al. 2016).
Material examinado: espécime colonial; Praia do
Belinho, Esposende, 41º34'03,8''N/8º47'50,8''W; 17 de maio de 2019; col. Por
Costa, DA; número de catálogo NatMIP-RFCo-0001 (Figura 20).
Características: Rodólito ramificado com formações
características em forma de xícara ou funil em seu talo (Athanasiadis 2020); células epiteliais com 3–4 µm de diâmetro, canal poroso de cada câmara do
conceptáculo com formato cilíndrico e bisporangios com 70–87 µm de altura e
30–40 µm de diâmetro, tetrasporângios com 90–150 µm de altura e 50–65 µm de
diâmetro (Gomes et al. 2022;
Hernandez-Kantun et al. 2015).
Notas ecológicas: No Atlântico, comum na zona
entremarés média a baixa, em leitos rochosos emergentes, em poças rochosas e em
canais de maré, como uma crosta epizóica em mexilhões e outros bivalves e
também ocasionalmente como um rodólito entremarés ou subtidal (às vezes
associados a leitos maerl) (Hernandez-Kantun et al. 2015); no Mediterrâneo apenas encontrados subtidalmente como rodólitos
(normalmente em leitos de maerl) e como crostas epífitas noutros rodólitos (Anon 2023f; Gomes et al. 2022).
Figura
18. Material
examinado: Espécime de Nitophyllum punctatum (Stackhouse) Greville,
1830, recolhido na Praia de Moledo, Caminha, Portugal
(41°50'33.468"N/8°52'27.840"W), no dia 9 de Novembro de 2022, pela
equipa Aquamuseu, com o número de catálogo NatMIP-RFCe-0030. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1IhamPjwGuP6MCPM77GCYRjarlbJF44Bl/preview
Figura
19. (a) Material examinado: Espécime de Corallina
officinalis Linnaeus, 1758, recolhido na Praia Norte, Viana do Castelo
(41°41'37.61"N / 8°51'4.44"W), em 9 de Abril de 2021, por Alves, R.,
com o número de catálogo NatMIP-RFCo-0023; (b) Corallina spp.
numa poça de maré na Praia de Moledo. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1vwHXeBzEVJNQXzihMligDck2Xmzd3FP8/preview
Figura 20.
Material
examinado: Lithophyllum hibernicum Foslie, 1906, recolhido na Praia do
Belinho, Esposende (41º34'03.8''N/8º47'50.8''W), a 17 de Maio de 2019, por
Costa, D.A., com o número de catálogo NatMIP-RFCo-0001. Acesso em: https://drive.google.com/file/d/1wd7guJDU78oUQ6btxIMjk8Mli1fRdzDD/preview
Ordem Gelidiales Kylin, 1923
Género Gelidium Lamouroux, 1813
Gelidium corneum (Hudson) Lamoroux, 1813 (Figura 21 (af))
Material-tipo: D. Miller; no museu BM (ex herb.
Buddle, coleção Sloane) (Lipkin & Silva 2002: 9).
Localidade-tipo: Devonshire, Inglaterra (Lipkin
& Silva 2002: 9).
Distribuição geográfica: Atlântico Este
(Grã-Bretanha até África do Sul), Atlântico Oeste (EUA até Brasil),
Mediterrâneo, zona Indo-Pacífico e Austrália (Anon 2023f).
Distribuição em Portugal: Bem distribuída em toda a
costa continental portuguesa (GBIF 2023), Açores (Faial, São Miguel, Terceira, Pico e Graciosa) (Azevedo Neto et al. 2020; Neto
1994) e ilhas da Madeira (Levring 1974).
Material examinado:
• 1 exemplar; Forte do Cão, Vila Praia de Âncora,
41º47'49''N/8º52'25,4''W; 10 de setembro de 2021; col. por Costa, D.A.; Gomes,
N.; número de catálogo NatMIP-RFGe-0010 (Figura 21 (a)).
• 1 exemplar; Camarido, Viana do Castelo, Portugal,
41°30´11.376"N/8°31´21.828"W; 19 de setembro de 2022; col. Pela
equipa do Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-RFGe-0015 (Figura 21 (b)).
• 1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 17 de dezembro de 2021; col. Pela equipa do Aquamuseu; número
de catálogo NatMIP-RFGe-0024 (Figura 21 (c)).
• 1 exemplar; Morraceira, Vila Nova de Cerveira,
41°57'53.554"N/8°44'24.274"W; 16 de fevereiro de 2022; col. Pela
equipa do Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-RFGe-0025 (Figura 21 (d)).
• 5 exemplares; Caminha (foz do rio Minho),
Portugal, 41°30´11.376"N/8°31´21.828"W; 30 de dezembro de 2021; col.
Por Gomes, N.; número de catálogo NatMIP-RFGe-0041 (Figura 21 (e)).
Características: Vermelho escuro, consistência dura, cartilaginoso, podendo
atingir 30 cm de comprimento. Ramos com ápice obtuso e atenuados na base (Anon 2023f).
Notas ecológicas: Espécie marinha; Em rochas e poças de maré em áreas
expostas (Figura 21(f)) (Anon 2023f).
Observações: Esta é a espécie-tipo (holótipo) do
género Gelidium. (Anon 2023a). O espécime com o número de catálogo NatMIP-RFGe-0041 foi recolhido como
captura acidental na atividade de pesca da enguia-de-vidro, sendopossivelmente
originário de praias vizinhas.
Ordem Gigartinales Schmitz, 1892
Género Furcellaria Lamouroux, 1813
Furcellaria lumbricalis (Hudson) Lamouroux, 1813 (Figura 22)
Material-tipo: Lectótipo: No museu BM (Dixon &
Irvine, 1977: 181).
Localidade-tipo: [não localizado; certamente
Inglaterra] (Hudson 1762: 471).
Distribuição geográfica: Atlântico Norte (Escócia
do Norte, Groenlândia), Atlântico Nordeste (Ilhas Faroé, Irlanda e Grã-Bretanha
até Espanha), Mar do Norte (Escandinávia, Helgolândia), Báltico, Mediterrâneo
Ocidental (Espanha, Sardenha, Sicília) e Oceano Índico (Índia, Paquistão) (Anon 2023f).
Distribuição em Portugal: Norte de Portugal (Araújo et al. 2009; GBIF 2023).
Material examinado: 1 exemplar; Camarido, Viana do
Castelo, Portugal, 41°52'13.534"N/8°51'48.071"W; 19 de setembro de
2022; col. pela equipa Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-RFGi-0027 (Figura
22).
Características: Frondes cartilaginosas,
cilíndricas, preto-acastanhadas, repetidamente ramificadas de forma dicotómica,
até 2 mm de diâmetro. e 300 mm de comprimento, com ápices agudos. Fixado por
rizóides muito ramificados. Multiaxial, medula de células cilíndricas
intercaladas com rizóides, córtex de filamentos irregulares, células internas
elípticas, células externas estreitas, alongadas, em fileiras radiais (Anon 2023a).
Notas ecológicas: Espécie marinha; Em rochas,
entremarés inferiores e submarés rasos, em poças e canais, em situações
abertas, muitas vezes em costas arenosas e lamacentas, tolerando salinidades
reduzidas (Anon 2023a).
Observações: Esta é a espécie-tipo (holótipo) do género Furcellaria (Anon 2023a).
Figura
21. Material
examinado: (a) Espécime de Gelidium corneum (Hudson) Lamouroux, 1813,
recolhido no Forte do Cão, Vila Praia de Âncora (41º47'49''N/8º52'25,4''W), em
10 de Setembro de 2021, por Costa , D.A. e Gomes, N., com número de catálogo
NatMIP-RFGe-0010; (b) Outro exemplar de G. corneum, recolhido em
Camarido, Viana do Castelo, Portugal (41°30´11.376"N/8°31´21.828"W),
em 19 de Setembro de 2022, pela equipa Aquamuseu, com o número de catálogo
NatMIP-RFGe-0015; (c) G. corneum recolhido em Caminha, Portugal
(41°51'58.6"N 8°50'58.1"W), em 17 de dezembro de 2021, pela equipa
Aquamuseu, com o número de catálogo Na-tMIP-RFGe-0024; (d) Espécime de G.
corneum, recolhido em Morraceira, Vila Nova de Cerveira
(41°57'53.554"N/8°44'24.274"W), no dia 16 de Fevereiro de 2022, pela
equipa do Aquamuseu, com o número de catálogo NatMIP- RFGe-0025; (e) Espécimes
de G. corneum, recolhidos em Caminha (foz do rio Minho), Portugal
(41°30´11.376"N/8°31´21.828"W), em 30 de Dezembro de 2021, por Gomes,
N., com o número de catálogo NatMIP-RFGe-0041; (f) G. corneum numa poça
de maré. Acesso em : https://drive.google.com/file/d/1_pDqmSrkwS-9DzbrnboVP3SHSH2ti86H/preview
Figura
22. Material
examinado: Furcellaria lumbricalis (Hudson) Lamouroux, 1813, recolhido
em Camarido, Viana do Castelo, Portugal
(41°52'13.534"N/8°51'48.071"W). número de catálogo NatMIP-RFGi-0027.
Acesso em : https://drive.google.com/file/d/11WllIXlLa-80OeeBo0yNQFMzpBFivUl9/preview
Género Chondrus Stackhouse, 1797
Chondrus crispus Stackhouse, 1797 (Figura 23 (a-b))
Material-tipo: Holótipo: LINN; 1274,68 (Dixon &
Irvine 1977: 234).
Localidade-tipo: Oceano Atlântico Norte; (Silva
& al. 1996: 898) (Hommersand’ et al. 1993).
Distribuição geográfica: Amplamente distribuída no
noroeste e nordeste do Atlântico (Anon 2023a).
Distribuição em Portugal: Comum ao longo de todo o
litoral de Portugal continental (Araújo et al. 2009; GBIF 2023).
Material examinado: 6 espécimes; Praia de Moledo,
Caminha, Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023;
col. por Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-RFGi-0039 (Figura 23 (a)).
Características: Folhas cartilaginosas,
vermelho-arroxeadas escuras, vermelhas, amareladas ou esverdeadas com até 150
mm de altura, plantas gametófitas são frequentemente iridescentes sob a água
quando em boas condições (Figura 23 (b)). Estipe comprimido, estreito,
expandindo-se gradualmente para uma folhagem plana, repetidamente ramificada de
forma dicotómica, em tufos com um suporte discóide (Hommersand’ et al. 1993). Axilas arredondadas, ápices rombos, folhagem mais espessa no centro do
que nas margens. Muito variável na amplitude dos segmentos. Muito variável em
ramificação, cor e espessura (Anon 2023a).
Notas ecológicas: Espécie marinha; Nas rochas,
entremarés mais baixas e submarés rasas, em poças no intertidal médio em alguns
locais; Abundante e formador de zonas em águas baixas (Anon 2023a).
Observações: Esta é a espécie-tipo (lectótipo) do
género Chondrus (Anon 2023a).
Chondrus crispus var. filiformis (Hudson) Lyngbye, 1819 (Figura 24)
Material-tipo: Tipo não designado.
Distribuição geográfica: Distribuída na Europa, da
Grã-Bretanha a Espanha (Norte e Noroeste da Península Ibérica) (Veiga et al. 1998) e na Ásia (em Taiwan) (Anon 2023a; Gallardo et al.
2016).
Material examinado: 9 exemplares; Praia de Moledo,
Caminha, Portugal, 41º50'31.6072''N/8º52'27.3198''W; 21 de fevereiro de 2023;
col. por Venâncio, M.; número de catálogo NatMIP-RFGi-0040 (Figura 24).
Características: Estreito, cartilaginoso com
dicotomia regular (Seoane-camba 1967).
Notas ecológicas: Nas zonas entremarés e
infralitorais (Seoane-camba 1967).
Observações: Por se tratar de uma variação da
espécie C. crispus, não encontramos evidências diferentes sobre o
material-tipo. Encontramos apenas informações relativas às diferenças
morfológicas (Seoane-camba 1967). Este é o primeiro registo mencionado para Portugal (Anon 2023a).
Ordem Plocamiales Saunders & Kraft
Género Plocamium Lamouroux, 1813
Plocamium cartilagineum (Linnaeus) Dixon, 1967
Material-tipo: Lectótipo: L (Womersley 1994: 389).
Localidade-tipo: “In Oceano australiore” (mas
provavelmente no norte da Europa) (Silva & al. 1996: 340) (Dixon 1967). Esta informação precisa ser verificada posteriormente.
Distribuição geográfica: Atlântico Nordeste
(Escandinávia ao Senegal, Mar do Norte), Atlântico Sudeste (Namíbia);
Mediterrâneo; Oceano Índico (Paquistão, Maurício); Noroeste do Pacífico
(Japão); Ilhas do Pacífico; Nordeste do Pacífico (Alasca à Califórnia);
Sudeste-Pacífico (Chile); Austrália, Nova Zelândia; Antártida (Anon 2023f).
Distribuição em Portugal: Ocorrência no Norte e
abundante no centro e sul de Portugal continental (Araújo et al. 2009; Pereira et al. 2006b) e nos Açores (Faial, Pico, Graciosa, Flores, São Miguel e Santa Maria) (Azevedo Neto et al. 2020; Neto
1994) e Madeira (Ponta de S. Lourenço e Ilhas Selvagens) (John et al. 2004; Levring 1974).
Material examinado:
1 exemplar; Camarido, Viana do Castelo, Portugal,
41°30´11.376"N/8°31´21.828"W; 19 de setembro de 2022; col. pela
equipa Aquamuseu; número de catálogo NatMIP-RFPl-0017 (Figura 25 (a)).
1 exemplar; Caminha, Portugal, 41°51'58,6"N
8°50'58,1"W; 18 de fevereiro de 2022; col. pela equipa Aquamuseu; número
de catálogo NatMIP-RFPl-0019 (Figura 25 (b)).
Características: Frondes estreitas, comprimidas,
cartilaginosas, escarlates brilhantes, com até 300 mm de comprimento, muito
divididas. Ramificação irregularmente alternada, pínulas alternadamente
secundárias em dois a cinco, com ápices agudos, o mais baixo de cada conjunto é
um esporão simples, outros cada vez mais fortemente pectinados (Anon 2023a; Dixon 1967).
Notas ecológicas: Espécie marinha; Mares temperados
em todo o mundo; Encontrado em costas com ondas fortes a moderadas e conhecido
em profundidades de 2 a 26 m (Womersley 1994: 389). Cresce em estipes de
Laminaria hyperborea (Gunnerus) Foslie, 1884 e noutras algas maiores;
Principalmente subtidal, abundante, amplamente distribuído (Anon 2023a).
4 Discussão
4.1. Microalgas no noroeste da Península Ibérica
De acordo com uma revisão que inclui uma extensa
coleção de citações de espécies de fitoplâncton (microalgas), os primeiros
estudos de microalgas observados em águas portuguesas datam de 1929 a 1998. Os
dados mais antigos provêm de estudos em áreas costeiras (estuários, baías,
“rias” e locais costeiros internos) e os dados mais recentes provêm
principalmente do programa de monitorização HAB (Harmful Algae Blooms) do
IPIMAR (Instituto de Investigação das Pescas e do Mar) e de relatórios
oceanográficos de cruzeiros (Moita & Vilarinho 1999). Em estudos mais recentes foram listadas as espécies de dinoflagelados de
água doce (microlagas) (Pandeirada & Craveiro 2013) pesquisadas em Portugal.
Na Galiza, noroeste de Espanha, também existem
estudos sobre a composição de espécies de fitoplâncton em locais costeiros (Casas et al. 1999) e em zonas costeiras (Negro et al. 2000).
4.2. Macroalgas do noroeste ibérico
No que diz respeito às macroalgas, existem alguns
estudos de levantamento das macroalgas na costa portuguesa, destacando-se a
primeira investigação ficológica publicada por Vandelli em 1788 e por Correa da
Serra em 1796 (Cabral 2018; Gaspar et al. 2017;
Vandelli 1788). Os primeiros estudos de algas vermelhas feitos na Península Ibérica foram
geridos por Reis, através de numerosos trabalhos publicados, de 1954 a 1974,
sobre algas vermelhas portuguesas (Chapuis et al. 2014). No entanto, o estudo mais completo sobre a flora ficológica portuguesa
foi realizado por Ardré (Gaspar et al. 2017).
Existem alguns estudos de recolha de espécies de
macroalgas no Noroeste de Portugal. Um exemplo é o estudo de Araújo et al.
(2009), que faz o levantamento das espécies de algas do norte de Portugal (Araújo et al. 2009).
No referido estudo, 21 espécies são novos registos
para a costa continental portuguesa: Lyngbya aestuarii Gomont,
1892, Lyngbya semiplena Gomont, 1892, Microcoleus acutirostris
Gomont, 1892, Myxosarcina gloeocapsoides (Setchell & Gardner)
Komárek & Anagnostidis, 1995, Aiolocolax pulchellus Pocock, 1956, Antithamnion
densum (Suhr) Howe, 1914, Antithamnion villosum (Kützing)
Athanasiadis, 1993, Antithamnionella spirographidis (Schiffner)
E.M.Wollaston, 1968, Dasya sessilis Yamada, 1928, Furcellaria
lumbricalis (Hudson) Lamouroux, 1813, Neosiphonia harveyi (Bailey)
Kim, Choi, Guiry & Saunders, 2001, Porphyrostromium boryanum
(Montagne) Silva, 1996, Chorda filum (Linnaeus) Stackhouse, 1797, Dictyopteris
ambigua (Clemente) Cremades, 1990, Sphacelaria rigidula Kützing,
1843, Undaria pinnatifida (Harvey) Suringar, 1873, Vaucheria coronata
Nordstedt, 1879, Vaucheria velutina Agardh, 1824, Ulothrix implexa
Kützing, 1849, Ulva scandinavica Bliding, 1969 e Umbraulva olivascens
(Dangeard) Furnari, 2006.
Além disso, 33 são novos registos para o norte de
Portugal: Microcoleus chthonoplastes Gomont, 1892, Stylonema alsidii
(Zanardini) K.M.Drew, 1956, Sahlingia subintegra (Rosenvinge) Kornmann,
1989, Parviphycus tenuissimus Santelices, 2004, Callocolax neglectus
Batters, 1895, Stenogramma interruptum (Agardh) Montagne, 1846, Antithamnion
cruciatum (Agardh) Nägeli, 1847, Antithamnionella ternifolia (Hooker
& Harvey) Lyle, 1922, Callithamnion corymbosum (Smith) Lyngbye,
1819, Compsothamnion decompositum (Agardh) Maggs & L'Hardy-Halos,
1993, Compsothamnion thuyoides (Smith) Schmitz, 1889, Crouania
attenuata Agardh, 1842, Griffithsia schousboe Montagne, 1840, Halurus
flosculosus (Ellis) Maggs & Hommersand, 1993, Monosporus
pedicellatus (Smith) Solier, 1845, Dasya ocellata (Grateloup)
Harvey, 1833, Aphanocladia stichidiosa (Funk) Ardré, 1970, Ctenosiphonia
hypnoides (Welwitsch) Falkenberg, 1897, Pterosiphonia parasitica
(Hudson) Falkenberg, 1901, Sphacelaria fusca (Hudson) Gray, 1821, Feldmannia
irregularis (Kützing) Hamel, 1939, Hincksia mitchelliae (Harvey)
Silva, 1987, Hincksia sandriana (Zanardini) Silva, 1987, Leathesia
difformis Areschoug, 1847, Litosiphon laminariae (Lyngbye) Harvey,
1849, Scytosiphon lomentaria (Lyngbye) Link, 1833, Cutleria adspersa
(Roth) De Notaris, 1842, Ulva bifrons Ardré, 1967, Cladophora
lehmanniana (Lindenberg) Kützing, 1843, Cladophora pellucida
(Hudson) Kützing, 1843, Cladophora sericea (Hudson) Kützing, 1843, Bryopsis
duplex De Notaris, 1844, Derbesia marina (Lyngbye) Solier, 1846 e Derbesia
tenuissima (Moris & De Notaris) Crouan & Crouan, 1867.
E 10 foram encontrados pela primeira vez na região do
Minho: Porphyra dioica Brodie & Irvine, 1997, Calliblepharis
ciliata (Hudson) Kützing, 1843, Cordylecladia erecta (Greville)
Agardh, 1852, Pleonosporium flexuosum (Agardh) Bornet, 1892, Spermothamnion
repens (Dillwyn) Magnus, 1873, Taonia atomaria (Woodward) Agardh,
1848, Pylaiella littoralis (Linnaeus) Kjellman, 1872, Petalonia
fascia (Müller) Kuntze, 1898, Ulva linza Linnaeus, 1753 and Chaetomorpha
aerea (Dillwyn) Kützing, 1849 (Araújo et al. 2009).
Comparando com o presente estudo, existem apenas três espécies que não são
mencionadas no estudo de Araújo et al. (2009): Laminaria digitata, Lithophyllum
hibernicum e Chondrus crispus var. filiformis. Destas três
espécies, apenas Chondrus crispus var. filiformis não foi
encontrado noutros estudos da costa portuguesa.
É também importante referir o estudo realizado por
Seoane-Camba (1957), onde foram listadas 231 espécies de algas marinhas do
Noroeste de Espanha a partir de estudos anteriores e das suas observações (Seoane-Camba
1957). Embora
o referido estudo se tenha centrado em Espanha, está englobado no Noroeste da
Península Ibérica, pelo que é importante comparar com o presente estudo. Assim,
no presente estudo existem seis espécies que não constam do estudo de
Seoane-Camba (1957): Sargassum muticum, Laminaria digitata, Porphyra
linearis, Lithophyllum hibernicum, Furcellaria limbricalis e Chondrus
crispus var. filiformis.
No estudo realizado por Araújo et al. (2009), menciona-se
que o material selecionado foi preservado como espécimes voucher de herbário de
algas, mas não é informado o código de cada espécime preservado na coleção (Araújo et al. 2009).
Estas coleções científicas foram muito comuns nos últimos
dois séculos, sendo consideradas como componentes essenciais da investigação,
mas nos últimos 30-40 anos este tipo de coleções diminuiu devido à falta de
apoio, o que pode causar uma perda de conhecimento sobre o mundo natural. Por
outro lado, as pesquisas que tentam utilizar material biológico de coleções têm
aumentado nos últimos 20 anos (García et al. 2022; Pyke & Ehrlich 2010).
A divulgação destas coleções científicas é uma importante
forma de disseminar o conhecimento. A associação de educação e divulgação de
coleções biológicas pode contribuir para museus, exposições, formação
profissional e como base de dados online (Costa et al. 2021; García et al. 2022).
Por exemplo, no estudo realizado por Pedrosa et al.
(2018), foi implementada uma coleção didática para facilitar a divulgação da
micropaleontologia na universidade, devido à falta de especialistas na área (Pedrosa et al. 2018). A
coleção didática foi proposta para ser utilizada em aulas práticas, oficinas e
minicursos, facilitando a difusão do conhecimento presencial e extra-aulas (Pedrosa et al. 2018).
Segundo o site “Macroalgal Herbarium Portal”, existem 872
registos recolhidos em Portugal, 44 do Porto, mas conservados em coleções
científicas de outros países (Anon
2023g).
Em Portugal existem algumas coleções científicas de
algas, por exemplo:
• Algoteca de Coimbra (ACOI), no Departamento de Botânica
da Universidade de Coimbra – Esta coleção contém microalgas e cianobactérias de
água doce e foi iniciada em 1972 para fins de investigação e ensino. O ACOI é
uma das maiores coleções de algas do mundo e contém espécies de diferentes
habitats de Portugal (Santos
& Santos 2004);
• As coleções de algas do Herbário Ruy Telles Palhinha
(AZB), da Universidade dos Açores – Este herbário foi indexado em 2009 e contém
microalgas, macroalgas e plantas vasculares, recolhidas maioritariamente nos
Açores, mas também de outras localidades. Esta coleção possui 8.326 Rhodophyta,
3.159 Phaeophyta e 1.393 Chlorophyta (Nogueira
et al. 2010);
• Herbário da Universidade do Porto (PO) – Este herbário
contém espécies maioritariamente de Portugal (Anon
2023d);
• Herbário da Universidade do Algarve (ALGU) - Esta
instituição possui cerca de 12.000 exemplares de algas (número estimado de 500
espécies) da costa continental portuguesa (Anon
2023d);
• Museu de História Natural do Funchal (MADM) – Este
herbário contém exemplares da Macaronésia; Madeira, Porto Santo, Desertas e
Selvagens (Anon
2023d).
Em Espanha também existem alguns herbários que incluem
algas na coleção:
• Herbário da Universidade de Barcelona (BCN) – É um dos
herbários mais antigos da Península Ibérica (Anon
2023d);
• Herbário da Universidade de Santiago de Compostela
(SANT) – Este herbário contém 33.459 exemplares de algas (Anon
2023d);
• O herbário da Universidade de Valência (VAL) (Anon
2023d);
• O herbário da Universidade de Oviedo (FCO) (Anon
2023d);
• Herbário do Campus Universitário de Tafira (BCM) – Este
herbário contém espécies dos arquipélagos da Macaronésia, especialmente Ilhas
Canárias, Havai, Japão, Panamá e Florida (Anon
2023d);
• Herbário da Universidade de Girona (HGI) – Este
herbário possui 22.000 exemplares de algas e inclui uma das mais importantes
coleções de macroalgas mediterrânicas da Europa (Anon
2023d);
• Herbário da Universidade de La Laguna (TFC) (Anon
2023d);
• Herbário da Faculdade de Ciências Biológicas da
Universidade Complutense de Madrid (MACB) – Este herbário contém espécies da
Península Ibérica, Baleares e Norte de África (Anon
2023d);
• Real Jardín Botánico (MA), em Madrid – Contém espécies
de diferentes partes do mundo, particularmente do Mediterrâneo Ocidental,
América Central e do Sul, África, Austrália e Nova Zelândia (Anon
2023d);
• Herbário da Universidade de Málaga (MGC) – Contém
espécimes da região Ibérica-Mediterrânica, Península Ibérica, Andaluzia
(Espanha) e Marrocos (Anon
2023d);
• Herbário da Facultad de Farmacia, Universidad
Complutense, Madrid (MAF) – Contém exemplares da Europa, Norte de África, Bacia
do Mediterrâneo, América do Sul, Pacífico Noroeste da América do Norte e
Antártida (Anon
2023d).
No entanto, a quantidade de coleções de algas presentes
nestes herbários é muito pequena em comparação com o número total de herbários
na Península Ibérica, Sul da Europa.
5
Conclusões
Com o presente estudo pretendemos contribuir para a
literatura, pois existem poucos dados desta região, com registo de 24 espécies.
Pretende-se divulgar as coleções científicas
recém-criadas no Aquamuseu do Rio Minho e futuramente no NatMIP. Esta coleção
está no site do GBIF-Global Biodiversity Information Facility (GBIF
2023), e
também queremos divulgá-la noutros meios de comunicação. Os organismos
obtidos para este estudo foram recolhidos principalmente
à mão, mas também com um amostrador Van Veen e apenas um espécime recolhido
como captura acidental na pesca da enguia de vidro. Este espécime coletado como
captura acidental é possivelmente originário de praias vizinhas.
A maioria das espécies coletadas pertencia aos filos
Ochrophyta e Rhodophyta. Este estudo é um recurso importante, pois mantivemos
os exemplares armazenados na coleção científica-herbário de algas do Museu e
podem ser utilizados para pesquisas futuras. Os exemplares preservados podem
fornecer novas informações e salvaguardar amostras, pois muitas vezes o
material preservado em museus não está em boas condições e necessita de
reposição.
CONTRIBUIÇÕES
DOS AUTORES
Conceitualização: M.V., D.A.C.; Metodologia: MV, DAC;
Análise Formal: MV, DAC; Curadoria de dados: M.V.; Investigação: MV, DAC;
Administração do Projeto: MV, CA, DAC; Recursos: CA, DAC; Software: MV, DAC,
CA; Supervisão: C.A., D.A.C.; Validação: C.A., D.A.C.; Redação – Rascunho
Original: M.V., D.A.C.; Redação – Revisão e Edição: D.A.C., C.A. Todos os
autores leram e concordaram com a versão publicada do manuscrito.
CONFLITOS DE INTERESSE
Os autores declaram não haver conflito de interesses.
FINANCIAMENTO
Esta pesquisa não recebeu
financiamento externo.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos especiais ao GBIF (Global Biodiversity Information Facility)
pelo formidável esforço da Equipe de Banco de Dados do GBIF e da Equipe de
Coleções Linnean (da Sociedade Linneana de Londres), em parceria com museus e
coleções científicas em todo o mundo, por permitir o acesso remoto a alguns
digitar informações materiais e fornecer informações valiosas para este
manuscrito.
REFERÊNCIAS
Almeida, A.R.G.S. (2007) Guia de Campo das Algas do
Intertidal da Praia da Vigia. Faro
Anon
(2023a) AlgaeBase: Listing the World’s Algae. Available from: https://www.algaebase.org/ (February 15, 2023)
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(2023b) Algaplus. Available from: https://www.algaplus.pt/ (March 26, 2023)
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(2023c) Florida Museum. Available from: https://www.floridamuseum.ufl.edu/herbarium/methods/vouchers/ (July 24,
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(2023d) Herbarium List - The William & Lynda Steere Herbarium.
Available from: https://sweetgum.nybg.org/science/ih/herbarium-list/ (May 3, 2023)
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(2023e) Linnaean Collections | The Linnean Society. Available from: https://www.linnean.org/research-collections/linnaean-collections (April 18,
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